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Passo- a- passo- Oficina de Animação

 Esta página tem como propósito registrar o desenvolvimento das atividades da Oficina de Vídeo e Animação oferecida aos  nossos alunos  e monitores, coordenada pela professora Luemy Ávila.

Atividade 1 - Criação de Roteiro:

1.1-Roteiro
Colégio Municipal Professora América Abdalla


Projeto SAI- Curso de ANIMAÇÃO para aluno monitor

1. Introdução- ROTEIRO

Descreva objetivamente cenas, seqüência, diálogos e indicações técnicas de nossas criações. Animar é um processo complexo, e nosso trabalho pode se torna muito mais agradável se o fizermos corretamente. O roteiro é uma etapa de grande importância, indispensável, afinal é aqui que se expõem as idéias e as organizam, e mesmo sabendo disto muitos e ignoram por considerá-la perca de tempo.
No roteiro você deve colocar tudo o que a pessoa pode visualizar enquanto lê. Metáforas, divagações ou pensamentos do autor quanto a sentimentos ou situações vividas pelo personagem não podem ser demonstradas, mas “indicadas” pelo autor para que o autor saiba o que seu personagem está vivendo ou sentindo. O roteirista trama, narra e descreve. O roteirista vai além, pois precisa demonstrar no papel situações concretas que o leitor do roteiro possa visualizar. O roteiro é o filme que transcorre no papel antes de ganhar vida nas telas

2. Etapas
Como toda história possui um começo, meio e fim, um roteiro também é construído por etapas, um passo a passo:
a. Idéia ou “o que”. O tema ou fato que motiva o autor a escrever. É sobre esta idéia que o autor fixará a atenção durante todo o roteiro, pois deseja transmitir algo para o público.
b. Conflito ou “onde”: O autor tem uma idéia, mas esta deve ser transmitida ao público por meio de um conflito. Se não há conflito, não há interesse por parte do público. O conflito sempre é definido através do story line. É o universo onde se passará a idéia.
c. Personagens ou “quem”: São aqueles que viverão o conflito idealizado pelo autor. São os responsáveis por passar ao público o que o autor está tentando expressar em sua narrativa.
d. Ação dramática ou “como”: Quanto o autor já tem definidos a idéia, o conflito que transmitirá a idéia e os personagens.

A nível prático, estas etapas podem ser definidas assim:

a. Idéia / b. Story line / c. Sinopse / d. estrutura / e. Primeiro roteiro e roteiro final.
A idéia, como foi visto, é o sumo do roteiro, a base onde existirá todo o outro contexto (conflito, personagens e ação dramática). A story line é a forma de contar o conflito motivado pela idéia de maneira objetiva e suscinta. A maioria dos autores é unânime em dizer que uma story line não pode ultrapassar cinco ou seis linhas. Nela deve ser apresentado o conflito, seu desenvolvimento e sua solução. Ex:

A TROCA: “Milionária não se conforma com a deficiência visual de seu neto recém-nascido e paga para uma enfermeira trocar a criança por um menino perfeito do berçário, mas vinte anos depois o pai do menino sofre de Leucemia e a esperança de curta está na medula do garoto deficiente e revelada. ”(Curta metragem/Romualdo Dropa/1999)

A sinopse, também chamada de argumento nada mais é do que o desenvolvimento da story line. Enquanto esta última economiza as palavras ao máximo, a sinopse deve ser justamente o contrário, uma forma de esgotar literalmente a idéia que se pretende transmitir. Assim a sinopse, baseada na story line e de posse do conflito e dos personagens descreve toda a ação dramática de forma a revelar ao leitor a história que virá a ser contada de maneira áudio-visual.
3. FORMATAÇÂO


Os roteiristas devem ter sempre o calculo temporal que estará em colocação com a sonoplastia e com a trilha sonora.

Isso deve estar escrito a parte enquanto se confeccionam o cenário as personagens.

Outro detalhe importante: a estrutura do texto dentro do papel obedecendo a descrição das cenas, cortes de cenas, dialogo das personagens e indicações (estados de ânimo das personagens).

FADE IN: a expressão americana denota o surgimento gradual da imagem a partir da tela escura, geralmente após os créditos iniciais ou durante sua apresentação.

FADE OUT: Desaparecimento gradual da imagem.

Esta expressão também é usada para efeitos sonoros.

Captação das cenas: é o momento em que a cena ocorre, descrita em letras maiúsculas e delimita o tempo e o local da ação. Ex:

CENA 1. INT./QUARTO DE DORMIR ALICE/ RIO DE JANEIRO/NOITE ______________________________________________________________________________________

Onde INT. é a abreviatura para INTERIOR (EXT.=EXTERIOR), indicando que a cena se passa dentro de um lugar;

Cada vez que o autor move a trama para um novo local é necessário delimitar a nova cena através de uma breve descrição que nos conta onde e em que tempo estamos.

CENA 2.INT./ QUARTO DE DORMIR DE ALICE/RIO DE JANEIROMANHÃ SEGUINTE

Descrição das cenas: é quando explicamos o que está acontecendo naquele momento e lugar. Ex:

CENA 1. INT./QUARTO DE DORMIR ALICE/ RIO DE JANEIRO/NOITE

ALICE está deitada em sua cama, os olhos fixos no teto e o quarto em total escuridão. Um raio de luz penetra pela janela e bate diretamente em seu rosto. Uma lágrima está escapando de seus olhos enquanto ela permanece inerte.

Escolha seu tema e comece a esboçar sua história, defina as personagens e os cenários.

Vamos criar!!!!

Exibição de dois curtas registre abaixo as suas observações: